A musica é feita de vibrações, é pura energia, isenta de matéria, sem forma, e todos os seres humanos, e, provavelmente, todos os seres vivos, são vasos condutores dessa energia que se propaga neles a partir de qualquer coisa, para alguns, é a partir do divino. No entanto, Mozart, Satie, Wagner, Brukner, e muitos outros compositores enlouqueceram, prisioneiros da graça divina, ou, vitimas das suas próprias mentes retorcidas, obcecadas, sádicas e masoquistas ao mesmo tempo. Falamos de Musica clássica, claro, a musica ligeira é denominada ligeira por algum motivo. Musica, uma dádiva para os ouvintes uma maldição para quem a … Continuar a ler Musica, Arte Divina ou Diabólica?

Ainda ouço algumas musicas de rock e blues do século passado e algum jaz, mas, na verdade, a minha musica agora é outra. É a musica das folhas dos carvalhos aqui da rua, agitadas pelo vento. O ladrar isolado dos cães na noite com pouca iluminação. O chilrear dos passarinhos logo pela manhã fresquinha. O cacarejar das crianças do bairro desfiado ao longo do dia. A grande fúria das tempestades, o clarão dos relâmpagos seguido pelo ribombar do trovão. O martelar da chuva nos vidros, o rugir do mar e do vento nos ouvidos, durante a imprescindível caminhada matinal á … Continuar a ler A Musica é Outra

Guinga – “Delírio Carioca”- 1993. Há um conto fantástico de Rubem Fonseca, que tem o extraordinário nome de; “A Arte De Andar Nas Ruas Do Rio De Janeiro”, onde o autor explora a ideia que; “A cidade não é aquilo que se vê do Pão de Açúcar”, pois o aspecto físico da cidade vive tensões e fragmentações, com o sentimento de pertencer ao espaço urbano, em constante mudança. A cidade ideal deixou de existir e vive na pós-utopia do progresso, recheada de personagens que são a cidade, e a constituem de forma lateral, unívoca, como se todos os marginais, ladrões, … Continuar a ler “Delírio Carioca”

No momento em que escutou os acordes iniciais, foi como se todo o seu conhecimento da musica lhe viesse á mente, de forma automática. Como se um bando de pássaros entrasse a voar numa sala por uma janela aberta. Além do mais, aquela musica transmitia-lhe uma sensação estranha, dilacerante, equivalente a uma torção interna, sem que associado a ela houvesse dor ou mal-estar, mas, apenas a sensação que todos os elementos do seu corpo estavam a ser fisicamente comprimidos e retorcidos. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Musica Diabólica

Felt – “The Splendour Of Fear” – 1984. Ouvir música nova é difícil, principalmente depois dos 30 anos, pois a maioria das pessoas têm todas as músicas de que gostam catalogadas na cabeça, quando chegam a essa idade. Para muita gente, depois dos 30, simplesmente não se ouve música nova, porque é fácil renunciar ao acto de descoberta com a velha desculpa; por que perder tempo com algo de que podemos não gostar? Desde música, a celebridades, marcas de roupas e ideias convencionais sobre beleza; as pessoas apreciam as coisas que já conhecem. Que tal então, ouvir musica velha? Esta … Continuar a ler O Esplendor Do Medo

Matthieu Saglio – “El camino de los vientos” Matthieu Saglio – “El camino de los vientos” – 2020. O que é que um apreciador de musica, pode dizer perante um disco destes? Que se sente como uma criança numa loja de doces, a abarrotar de guloseimas? Francamente não sei, cada um que ouça, e tire as suas próprias conclusões. Quem não gostar, não paga! Saglio é um violoncelista francês, que se tornou conhecido em toda a Europa como membro do Trio NES. Este é o seu álbum de estreia como líder. Com influências do folclore mediterrâneo, jazz e música clássica, … Continuar a ler O Caminho Dos Ventos

Toquinho e Vinicius – O poeta e o violão – 1975. Vinicius de Morais, é o único brasileiro que realmente gostava de ter conhecido. Os outros milhões, vivos ou mortos, famosos ou anónimos, que me perdoem. Se tivesse que definir Vinicius, só podia dizer algo do género; um escritor e poeta, com influencias de Rimbaud, Claudel, Baudelaire e Augusto Schmidt. Numa primeira fase remete-nos também para o poeta metafísico Fernando Pessoa, onde o amor é expresso em constantes conflitos entre a matéria e o espírito, mas, sem aquela tristeza doentia. Numa segunda fase, mostra alguma parecença com Charles Bukowski, com … Continuar a ler Em Jeito De Homenagem

Talvez a verdade seja o nada e todo o nosso sonho seja inexistente, mas, então sentimos, ou percebemos, que as obras primas musicais tornam o nada menos amargo, menos inglório, porventura  mais suportável. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Obras Primas

Mais um album com 63 anos, gravado em Hackensack, NJ, entre 17 Dezembro 1956 e 5 Janeiro 1957. Com Freddie Green, um dos melhores guitarristas de jazz de todos os tempos, que toca aqui com Kenny Burrell, e que tem o saxophone de Frank Wess como companhia. Grande swing. Bass – Eddie Jones Drums – Gus Johnson (tracks: 1, 5), Kenny Clarke (tracks: 2, 3, 4, 6, 7) Flute, Tenor Saxophone – Frank Wess Guitar – Freddie Green, Kenny Burrell ©Fernando Kaskais Continuar a ler Aqui Jazz 2

Meia hora de Jazz por dia, nem sabe o bem que lhe fazia. Um slogan parvo para uma musica muito séria. Nestes tempos não há nada melhor do que a boa musica para acalmar o espírito, assim, resolvi colocar sempre que possível, um album de jazz neste blogue.  Ernie Henry Quartet – Seven Standards And A Blues Gravado em New York; Setembro 30, 1957, 17 dias antes do meu nascimento e apenas três meses antes da inesperada morte de Ernie Henry, é um album de jazz mainstream, moderno e de qualidade superior. Um album com 62 anos que prova mais … Continuar a ler Aqui Jazz

Há musicas que tem o condão de distinguir as pessoas correctas dos imbecis e dos anormais. Strange Fruit de Billie Holiday é uma delas.  ©Fernando Kaskais Continuar a ler Strange Fruit

Brian Eno – By This River Ninguém pode mergulhar duas vezes no mesmo rio.  ©Fernando Kaskais   Continuar a ler By This River – Brian Eno

Snowy White – Midnight Blues ©Fernando Kaskais   Continuar a ler Midnight Blues – Snowy White

Lili Haydn, a “Jimi Hendrix do Violino”. Toca “Maggot Brain“, uma musica do album com o mesmo nome, gravado em 1971, pela banda Funkadelic. ©Fernando Kaskais     Continuar a ler Lili Haydn Performing Maggot Brain

David Sylvian + Robert Fripp – Damage ©Fernando Kaskais   Continuar a ler Damage – David Sylvian + Robert Fripp

Uma canção descrita como “miserável, doentia, imunda e ao mesmo tempo muito sedutora“. Junta dois monstros do Rock, Nick Cave e Robert Fripp ©Fernando Kaskais       Continuar a ler Grinderman – Heathen Child