Sopa de Letras

Cada ser humano é um livro único e irrepetível, no entanto, é também uma compilação de algumas folhas escolhidas ao acaso dos dois volumes que o antecederam, o pai e a mãe. As pessoas não sabem mas o nosso livro, o livro da nossa vida, tem paginas marcadas, frases sublinhadas e outros apontamentos, que não foram feitos por nós mas, que não deixam de influenciar a leitura que fazemos dele. A conclusão a que podemos chegar é que, a vida é um estado transitório que não augura nada de bom. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Sopa de Letras

Trans Masoquismo

A propósito de opiniões, comentários e posições a favor ou contra a “cultura” trans. Um mundo cada vez mais segregado em variadíssimas categorias, para além das masculinas e femininas parece tornar-se cada vez mais sufocante. No passado, sexo e género andavam de mãos dadas: as mulheres eram mulheres e os homens eram homens. As identidades transgênero dissociam as duas, afirmando que as mulheres podem ser homens e os homens podem ser mulheres. Mais recentemente, tem havido uma tentativa por partes do movimento trans de reformular algumas identidades lésbicas, gays e bissexuais como “transfóbicas”, alegando que excluem pessoas trans do sexo oposto. Por exemplo, … Continuar a ler Trans Masoquismo

Diz Ou Não Diz

Tem cuidado com o que dizes, ou não dizes, ás crianças. Elas ouvem melhor aquilo que se cala do que o que se lhes diz. O que não se diz adquire, por vezes, um poder excessivo, porque cresce sem as limitações do que é manifestado e vai-se instalando com um poder surpreendente no subconsciente da criança, na zona mais obscura da sua identidade, e daí conspira para traçar o destino do seu hospedeiro. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Diz Ou Não Diz

Incompreensíveis

Nós combatemos a nossa superficialidade, a nossa mesquinhez, para tentar chegar aos outros cheios de esperanças utópicas, sem uma carga de preconceitos, de expectativas ou arrogância. Apresentamo-nos como puros, o mais desarmados possível, de peito aberto, na ponta dos pés, sem armaduras de aço, sem canhões ou metralhadoras. Contudo, nunca os percebemos, ou percebemos tudo ao contrário. Com eles, acontece a mesma coisa em relação a nós, não nos percebem. Na realidade, tudo é uma ilusão, sem qualquer percepção, é tudo uma espantosa farsa de incompreensão. Estamos todos mal preparados para conseguirmos ver as acções intimas e os objectivos secretos … Continuar a ler Incompreensíveis

Esquizo

Um individuo é aquilo que sente que é. Ou, se não, deve sentir-se aquilo que é. Mas, se um individuo for uma coisa que não sabe que é, quais são os sinais? Qual é a sensação de não ser quem se pensa que é? Ou seja, que fazer quando aparece a dúvida (justa ou injusta) sobre a capacidade da pessoa de conhecer e interpretar a sua própria experiência? Para realmente entender a natureza da sua experiência, a pessoa deve pensar com cuidado e devagar. Compreender leva tempo e exige atenção, até a pessoa descobrir que o que está realmente a investigar … Continuar a ler Esquizo

Prisão Perpétua

Quando passas demasiado tempo na companhia de outros seres humanos, começas a perceber que a tua relação com a humanidade é uma espécie de condenação perpétua, é uma reclusão muito difícil, e mais tarde ou mais cedo, começas a ter vontade de fugir da cadeia. Felizmente (ou infelizmente), nenhuma relação está escrita em pedra, tudo se desmorona com o tempo e, aquilo que te parecia sólido, desfaz-se em ar. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Prisão Perpétua

A Arte De Ouvir

Ouvir é uma tarefa difícil, porque corres o risco de mudar o modo como vês o mundo. A maioria das pessoas sente-se inclinada a confrontar o outro numa conversa. Ouvir falar alguém sem introduzir no diálogo as suas próprias expectativas, as suas próprias ideias, é uma arte. Saber ouvir é, conhecer melhor os passos que o teu interlocutor deu na vida. Como é possível não perceber uma coisa tão óbvia? Queres conhecer melhor alguém? Aprende a ouvir. ©Fernando Kaskais Continuar a ler A Arte De Ouvir

Honestidade

Nos dias de hoje, a virtude da honestidade praticamente desapareceu, podemos concluir isso pelas notícias diárias ou, pela nossa própria experiência de vida. O comportamento honesto está ligado à forma como a pessoa vê o mundo, aos factos entendidos subjectivamente. Se alguém acredita genuinamente que a Terra é plana, então, quando relata essa crença a um amigo, está a ser honesto, embora a afirmação seja falsa. Se ele dissesse que a Terra é redonda, estaria a agir de forma desonesta, embora a afirmação seja verdadeira. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Honestidade

Conclusões Precipitadas

Há uma certa virtude em não tirar conclusões precipitadas. Afinal, o que pode a primeira impressão dizer-nos sobre uma pessoa, seja ela quem for? Talvez o mesmo que um acorde nos diz sobre Mozart, ou uma pincelada sobre Caravaggio. Por natureza, os seres humanos são tão caprichosos, tão complexos, tão surpreendentemente contraditórios que merecem não só a nossa consideração, mas também a nossa reconsideração. Ou pelo menos, a nossa determinação em nos abstermos de uma opinião até termos interagido com eles em todos os contextos possíveis. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Conclusões Precipitadas

Diz-me Que Musica Ouves e, Dir-te-ei Quem És.

Afinal, podemos julgar as pessoas pelo gosto musical. Uma conclusão a que cheguei há muitos anos atrás, intuitivamente, enquanto DJ, é agora confirmada pela ciência. As nossas preferências musicais dizem mais sobre nós do que pensávamos. Vários estudos psicológicos têm apoiado a ideia de que, as preferências musicais estão realmente ligadas aos nossos estilos cognitivos, ou, á maneira como pensamos e reagimos ao mundo que nos rodeia. Em 2016, o psicólogo musical da Universidade de Cambridge, David Greenberg, realizou um estudo (com mais de 4.000 entrevistados), com os seus colegas chamado “The Song Is You”, com o objectivo de avaliar … Continuar a ler Diz-me Que Musica Ouves e, Dir-te-ei Quem És.

Distracção

És distraído(a)? A distração é apenas o teu cérebro esquivando-se de sentimentos desafiadores como o tédio, solidão, insegurança, fadiga e incerteza. Esses são os gatilhos internos, as causas básicas que o levam a encontrar o conforto na distração. Nem sempre serás capaz de controlar como te sentes, mas podes aprender a controlar como reages ao modo como te sentes. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Distracção

Panicar

A regra mais importante de sobrevivência, que também se pode aplicar á saúde mental é: não deves entrar em pânico. Pode parecer-te que estás num mar sem fundo de desespero, estás a afogar-te, e não sabes nadar; e por muito bizarro que pareça, nem mesmo sabes qual caminho para a superfície, se é para cima ou para baixo. Se não entrares em pânico, passado algum tempo, consegues até sentir-te confortável com a situação. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Panicar

Impulso

Funcionas como um interruptor, ligas, desligas. Todas as tuas decisões são tomadas por impulso. Pensastes longamente sobre um determinado assunto, consideraste-o a partir de vários ângulos, calculastes múltiplos resultados. Reflectistes durante horas, dias, semanas, meses, anos ou até a maior parte da tua vida. Todavia, se chegares a uma decisão, ela será tomada num único momento, naquele instante. Passas da incerteza, para a certeza… não/sim. Desligado, ligado, ligado, desligado. As reflexões podem ser medidas, as decisões têm sempre a duração de um impulso. ©Fernando Kaskais Continuar a ler Impulso