Aquilo Que Não Nos Mata…

O sofrimento ninguém o deseja, mas, também é parte integrante de uma inteligência aberta e evolutiva. Ninguém que esteja a sofrer por ter perdido alguém que, em certa medida, era parte de si, pode recorrer a mitos e rituais que possam conter as suas aflições; têm que suportar a sua dor sozinho ou, se tiver sorte, em solidariedade com outros igualmente isolados. Os avanços ocorrem frequentemente após colapsos, porque a sabedoria tende a surgir não com a acumulação de conhecimento, mas quando uma velha mentalidade ou visão do mundo cede perante um processo que é tipicamente perturbador e traumático. A experiência acaba por ser justificada quando a nossa mente se ajusta à inteligência que molda o mundo, ajudando-nos suportar o que for necessário para sobreviver. Quanto mais não seja, para manter viva a memoria de quem partiu.

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©Fernando Kaskais

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