O Humanismo é visto como uma nova religião revolucionária. A religião humanista adora a própria humanidade e reserva-lhe o lugar que Deus ocupava no Cristianismo no Islão e que as leis da natureza desempenhavam no Budismo e no Taoismo. Enquanto antigamente eram o “Céu” que dava sentido á vida humana, o humanismo inverteu os papeis e anuncia que é o homem a dar um sentido ao universo. Ou seja, criar sentido para um mundo sem sentido. Ora, é precisamente este o mito de Satan, a revolta contra deus, a prevalência do individuo em relação ao grupo. O individuo no centro do mundo. Só sendo primeiramente egoísta, é que o homem pode depois ser altruísta, se isso lhe interessar. O Satanismo deixou há muito tempo de acreditar em deus, e deixou também de acreditar que criar e definir o que é bom, o que é certo e o que é belo sejam prerrogativas divinas.
O papel de deus enquanto fonte de sentido e de autoridade é apenas uma teoria filosófica. Deus nunca existiu, ou, se existiu, tanto abandonou o Homem como Satanás. O Humanismo e o Satanismo advogam a teoria de que uma coisa só é má se alguém se sentir mal com isso. Com a deslocação da fonte de sentido e autoridade do céu para os sentimentos humanos, alterou-se a natureza do universo inteiro. O Homem tem toda a liberdade pela qual Satan lutou, e, o Céu ou o Inferno, não passam de um processo interior. Cada ser humano é um individuo com um valor ímpar, e, a derradeira e única fonte de autoridade sobre si próprio. O Homem matou, e torturou, durante milénios em nome de deus, o Homem tornou-se a medida de todas as coisas, o Homem é agora Satanás, mas aspira a ser deus. Matará em nome próprio.
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Fernando Kaskais - ASTROLOGIA & Filosofia Oculta 